Biografia


 
Beth Costa é filha de Luiz Otelo Costa e Maria Afiune Costa, nasceu em Ipameri - Goiás, onde sempre residiu. Trabalhou no projeto pioneiro "Menino de Rua" nos anos 80 e essa atividade perdurou por 17 anos consecutivos. Foi um trabalho muito gratificante. Mais tarde elegeu-se Vereadora por Ipameri, foi Constituinte e relatora da Lei Orgânica do Município.


Também foi Secretária Municipal de Serviço e Promoção Social em um mandato e posteriormente Secretária de Cultura. Duas áreas maravilhosas para o trabalho no serviço público quando se conta com o apoio do Poder Executivo, como aconteceu no caso de suas experiências.

Beth já publicou cincolivros e escreveu outros quatro ainda não editados, todos estão disponíveis no seu site, o "Meu Recanto" (veja link abaixo).

Hoje aos 52 anos entendo que nada há de mais sagrado e sublime do que uma relação de amizade, pois é a única capaz de atravessar o tempo incondicional e permanecer inalterável... senão para melhor.

Beth gosta muito de estudar, de ler, de artes de um modo geral, da vida no campo, bem como de viver em Ipameri, uma pequena cidade do interior goiano. É Espírita Cristã convicta e grata à Vida e a Deus por ter conhecido esta Doutrina que entrelaça a Filosofia, a Ciência e nos trás a Religião ideal: amor e caridade.



Site


Poesias


Entre Tanto


Entre rios fica Ipameri.
Ali abraçada pelas águas verde-prateadas
do cantante Rio Veríssimo
e lá, pelas amarelo-douradas
e profundas águas do Rio Corumbá.

Ipameri fica entre rios
que entre o Céu e a Terra
conta sua lenda de Paraíso
e a sua história de sonhos
que despertaram realidades no tempo!

Entre rios está Ipameri
e além das águas ainda se pode ouvir
o canto livre do Bem-te-vi
ainda floresce majestosa a Caraíba
e nos grandes quintais
as mangueiras e as jabuticabeiras seculares
incensam o ar com o seu perfume
anunciando que a Primavera chegou.

Ipameri está entre rios:
terra de pioneirismo e cultura,
rica de história no cerne do seu passado...
é amena e pitoresca
como um jardim secreto crescendo
no sábio silencio dos tempos,
como a própria Natureza!

Entre Rios e entre nós
Deus está.





My Self


Sou gota d'agua,
sou cristalina,
sou efêmera,
sou quase um sonho
que se evapora sob o calor do sol...

Sou correnteza,
sou cachoeira,
sou o que não se prende,
sou viajora, viajante,
sou sedentária, sedenta
e indiferente ando à revelia das noites,
dos climas e dos dias...

Sou cerne puro
Trabalhado pelo tempo,
ou madeira e sou pedra sem que se saiba
o quanto de cada eu sou...

Sou o que se busca hoje
e não mais se encontra.
Sou o que sofreu a ceifa,
o sol, a chuva em tempestades de granizo
e a areia enterrou-me o respirar
e solidificou minha natureza ancestral...

Sou flor do campo,
sou resistente ao tempo
e a noite não me assusta.

Sou suave quando pela manhã discreta
enfeito um pedacinho árido do cerrado...
Sou frágil quando colhem-me
na tentativa de tornar-me decorativa
entre quatro paredes...

Sou rosa, azul, vermelha, amarela,
sou duradoura na dureza do tempo
e não suporto a mão delicada
de quem quer ostentar-me...
então pareço morta...
Sou pedra bruta
bruta, obstinada, quieta,
parada, fincada.
Não há olhos por mais que tenham vivido
que puderam perceber meu lapidar...
Porque devagar, passo como a adormecida da Natureza,
enquanto me faço e desfaço no silêncio
dos séculos,
discreta e estóica!






CÂNTICOS DO PENSAR


I


Meu canto se perdeu
no eco do Universo.
De parte ínfima
senti-me um todo
inexoravelmente
harmônico.


II


Um pedaço de azul passou
por mim deixando impressões de céu.

Eu que estava ali sobre uma nuvem
sentindo o perfume
das flores do campo,
devolvidos pela evaporação da Terra...


III


Quando minha alma pôde ver
a mesquinhez e a ganância humana
sentiu o frio do medo
como se diante do "cogumelo de Hiroshima"...


IV

Meus sonhos de agora
são preciosas pérolas
que vou perseguir
no carro da minha intuição.





NATURAL


Nunca terei novidades
para você.
Nem em minha sombra
de árvore frondosa,
você encontrará mistérios
nas minhas raízes profundas.

Sou assim mesmo
clara como um dia
de verão;
forte como o cerne
de uma aroeira secular,
frágil como um arbusto
diante do frio da solidão.

Sou assim mesmo
resistente
como a própria teimosia
e simples
como da canção de ninar
a melodia.

Sou assim mesmo
como você sabe
que sou.





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Criado em 1º de Dezembro de 2009